Vale vovô também!


Este é o link de um vídeo que o querido Ricardo Divino fez com seu tio avô Valdemar. Não deixem de assistir!
É incrível como a gente se identifica com os depoimentos (“Antigamente a gente tomava banho na bacia, lavava só pra baixo do joelho, e assim debaixo do braço, assim o pescoço. O corpo todo era no córrego ali embaixo...com sabão preto que a mamãe fazia”). Aiai, eu fico realmente tocada com essas vidas! Mas fico me perguntando: será que estamos deixando histórias para os nossos netos contarem também?
Eu poderia editar o depoimento abaixo pra ficar mais com cara de blog, mas preferi deixar bem direto a forma como o Ricardo conta como surgiu a o documentário Álbum de família:
“O personagem é Tio Demá (ou Vô Má, como a gente o chamava). Nos tempos da II GM, ele foi reservista e trocava cartas com a minha mãe. Essas cartas resistiram mais de meio século, e eu  só fiquei sabendo delas depois que a minha mãe virou estrela, em 1994. Quando as descobri, não quis saber de conteúdo e nem destino delas. Mas depois de muito anos, passei por algumas situações e resolvi ir atrás da minha história. Foi aí que descobri que algumas delas ainda estavam com o destinatário, e algumas poucas até aparecem neste doczinho que na verdade é sobre, antes de tudo, lapsos de memórias, sobre os hiatos na memória dele que já não conseguia se lembrar daquelas histórias que nos contou a vida inteira. Quando criança, eu contava os dias para receber a visita do Vô Má. Ele sempre aparecia lá em casa, às terças-feiras, com um pacotinho de biscoito maizena em uma sacolinha branca para tomar café conosco.O tempo parava para ouvirmos as aventuras dele. Em 2009 ele também partiu, mas, por sorte, consegui guardar alguns fragmentos das historinhas dele para mostrar aos meus filhos e netos (quando eu os tiver)”


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